O poder de um café ao sábado à noite

Finalmente tinha chegado o fim-de-semana, após mais uma jornada semanal de trabalho. 

Nesse mesmo período, ele tinha já programado o que seria a "febre" de sábado à noite: uma ida a um bar com duas amigas (bem jeitosas por sinal).

Sendo assim, nesse sábado, mal acabou de jantar, preparou-se para sair e lá foi ele...

Ainda era um pouco cedo para ir ao encontro das suas amigas e, por esse motivo, parou a meio do caminho num café que costuma frequentar. Aproveitou para ver um pouco de um jogo de futebol (um Sporting vs Belenenses) e tomar, simultaneamente, um café. Posto isto, e após uns 45 minutos de café e bola, deslocou-se ao referido bar. 

O ambiente estava óptimo, com bom som e muita gente. Entretanto, elas chegam ao bar e vão ter com ele. Ficaram encostados a um canto a conversar, enquanto bebiam umas cervejas e ouviam a música que tocava. Durante todo este tempo, teria passado, talvez, cerca de uma hora.

De repente, o insólito acontece: ele sente umas cólicas nos intestinos. 

Pensou ele: "Que sorte do caraças!!" 

Inicialmente, procurou ignorar esse "sentimento", julgando ele que passaria. Puro engano!

Tentou aceder à casa-de-banho do bar, mas esta tentativa foi em vão, pois a mesma encontrava-se em obras.

Não teve outra solução senão ter de se despedir das suas amigas e vir embora com um ar triste e aflito ao mesmo tempo. A solução para o seu problema estava apenas em sua casa...
Curioso foi que, ao entrar no carro e sentar-se, aquela sensação estranha nos intestinos foi passando. Pelo menos, daria para chegar a casa são e salvo.  

À chegada a casa, guardou o carro na garagem e, quando se preparava para fechar a porta da mesma, eis que o "ataque" que havia sentido tornou-se praticamente fulminante...já nem havia tempo para pensar! Só houve mesmo tempo para "correr" pelas escadas acima até ao 1º andar, local onde habitava.

Contudo, a meio das escadas já não foi possível evitar o que estaria predestinado: o rapaz teve que "cagar" ali mesmo, no meio das escadas, sentado em cima do corrimão e com o "olho" do cú a "olhar" para as plantas do quintal do vizinho do rés-do-chão. Sorte que era verão e, assim, o tempo até estava agradável para "arrear o calhau" ao ar livre...

Durante o tempo que decorreu a "descarga", o rapaz pensou na vida, mas, sobretudo, pensou se havia alguém a observa-lo naquela noite quente de verão. Em princípio, ninguém o observava. Foi um descanso...

Acabado o "trabalho", desceu do corrimão, colocou-se de pé, com as calças em baixo, e lá subiu ele os restantes degraus até à porta de entrada da sua casa. Foi directo à casa-de-banho para se limpar e, posto isto, pegou num balde de água e foi lavar as plantas, já estrumadas, do seu vizinho.

Desse modo, terminou mais uma noite de sábado que tinha tudo para ser uma grande noite, mas que se tornou numa grande merda, devido ao poder do café em "dar a volta" aos intestinos.