sábado, 31 de dezembro de 2011

Eu e o Emplastro

Era mais um domingo à tarde como muitos outros.
Era mais um domingo à tarde com jogo para o campeonato da 1ª divisão distrital da A.F.Porto no terreno do Desportivo de Portugal, o famoso campo Rui Navega, onde todos navegávamos ao sabor da ondulação existente no próprio terreno de jogo. Era o típico campo de futebol distrital do século passado: pelado, pequeno e ondulado.
Relativamente ao jogo em si, o resultado final foi de 2-1 a nosso favor. Foi um resultado positivo para nós, pois o Desportivo de Portugal seguia no 2º lugar e nós estávamos a lutar pela manutenção. Lembro-me que o agora colega de equipa António Barbosa facturou, pelo menos, um dos golos.
Mas o principal personagem desta história fez por merecer esta crónica quando já o jogo havia terminado. 
Sei que tinha acabado de cumprimentar o adversário e dirigia-me para o balneário, quando vejo entrar em cena um indivíduo com cara de quem não "veste normalidade" vindo na minha direcção, embora pelo meio parasse junto ao meu colega de equipa David, cumprimentando-o.
Em seguida, fui eu o alvo da sua caminhada pelo meio do terreno de jogo. Olhou para mim, olhei para ele meio assustado e pensei: quem é este?! Ele, muito educadamente, cumprimentou-me pela vitória. Eu agradeci e continuei em direcção ao balneário.
Mas, a partir daquele dia, nunca mais me esqueci daquela marca d´água no rosto do indivíduo e que o acompanhava desde a sua nascença. Mas que grande sinal! E peludo, por sinal...parecia uma mosca varejeira.
Era o famoso emplastro, cujo pai é o Pinto da Costa e a mãe é o Vítor Baía, supostamente.
Tinha acabado de testemunhar o meu primeiro contacto com uma "figura pública"!
Reconheci-o uns tempos depois quando começou a tornar-se conhecido a nível nacional. 
Foi assim aquela tarde de domingo que parecia ser mais uma tarde normal, mas que não o foi por força das circunstâncias (desportivamente e socialmente). 


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